sábado, 3 de maio de 2008

PF vê em cheques pista de desvios do BNDES




MÁRIO CÉSAR CARVALHO
Folha de São Paulo
1º de maio de 2008


A Polícia Federal apreendeu cópias de dois cheques que comprovam, na análise dos delegados, a hipótese de que uma “casa de prostituição” era utilizada para “lavagem de dinheiro” desviado do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Entre os beneficiados dos recursos desviados estariam o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, e o advogado Ricardo Tosto. Junto às cópias dos cheques foram encontrados papéis com as inicias PA e RT, o que reforça o envolvimento dos dois na suposta quadrilha. O grupo intermediava a liberação de recursos do BNDES, através da influência política de Paulinho e Tosto. Do valor emprestado, o grupo ficava com um percentual de 2% a 4%, segundo informações dos policiais. A empresa WE Bar e Restaurante seria fachada do prostíbulo WE, servindo para legalizar os recursos desviados, e, posteriormente, distribuí-los aos membros do esquema, na visão da PF.

Nesta reportagem, observa-se uma posição imparcial e objetiva dos fatos e informações obtidas, as quais são todas fundamentadas e apoiadas em investigações e posicionamentos da Polícia Federal. O autor expõe a notícia com a máxima clareza, relatando todo o ciclo do esquema de desvio de recursos, com os esclarecimentos necessários ao tema, embasado sempre nos dados apresentados pela PF.
Outros meios de comunicação reforçam o esquema apresentado, que é só mais um entre os tantos que aparecem constantemente nos noticiários de tevê, internet e mídia impressa.
Os cofres públicos, mais uma vez, são lesados vultosamente e, entre os envolvidos, aparentemente encontra-se um representante do povo, eleito pelo voto direto. Logo, compete primariamente ao cidadão o voto consciente e a fiscalização dos eleitos.

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